23/10/2013

OF MONSTERS AND MEN


A abelha Maia é uma cabra. Quero dizer, uma abelha. Mas uma cabra. Hoje de manhã estava o meu filho a ver a Abelha Maia enquanto eu me despachava, quando ouço a gaja dizer que "monstros não existem". Parei e fui à sala tentar perceber que raio ela queria dizer com isso. Então parece que andava alguma coisa viscosa a passar lá pelo sítio onde aquela malta vive a causar destruição. E deixava um rasto de nhanha pelo caminho. Um dos insectos amigos da Maia estremecia de medo. Dizia ele "e se fôr um monstro?". Ao que a Maia responde com aquela vozinha de totó sonsa "que disparate! monstros não existem". Não existem Maia? Ai não?

Esta abelha de um raio, com uma frase deixou o meu filho confuso e quase destruiu o imaginário fantástico dele. Pior ainda, quase destruiu a dicotomia fundamental da vida. Eu não quero que o meu filho ache que os monstros não existam. O que eu quero é que ele não tenha medo de monstros. Que tenha a coragem para os enfrentar. Que os olhe de frente. Que ele saiba que tem a força necessária para os vencer. E que os vença. Porque monstros ele vai encontrar sempre pela vida fora.

E já agora abelha Maia, dizes que os monstros não existem, mas queres que acredite numa abelha que fala e com permanente ou afro ou lá o que é isso que usas na cabeça. Então tá bem. Olha, e à tua conta já estou atrasado para o trabalho.

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